Lula na China

O Caminho do Dragão: A Jornada de Lula à terra do Meio
Fazia sol naquela manhã de abril na Base aérea de Brasília quando o presidente Lula chegou muito descontraído e sorridente com sua comitiva para embarcar no avião presidencial em um voo para a China. Havia uma grande expectativa em torno da viagem, pois a China tem sido um dos principais parceiros comerciais do Brasil, e o presidente estava indo para lá com o objetivo de estreitar ainda mais os laços entre os dois países.

Ao entrar no avião, Lula cumprimentou a tripulação e agradeceu pelo serviço que seria prestado durante o voo. Ele se acomodou em sua peculiar poltrona e começou a folhear calmamente um livro sobre a história da China, Nação que o presidente já conhece razoavelmente de outros carnavais, mas nunca é demais tentar se familiarizar ainda mais com a cultura e os costumes daquele país.

Enquanto isso, a equipe de segurança do presidente começou a realizar uma série de ajustes em relação à segurança da aeronave. Afinal, a viagem para a China é bastante longa e eles precisam se certificar de que tudo está em ordem antes da decolagem.

Após a decolagem o comandante informou aos passageiros de que o voo seria longo. Lula então avisou que iria aproveitar o tempo para descansar e relaxar. Então a equipe de bordo começou a servir um almoço especial para os passageiros, incluindo pratos típicos da culinária brasileira e chinesa. Lula experimentou algumas iguarias chinesas e elogiou muito a qualidade da comida, mostrando-se interessado em conhecer ainda mais sobre a gastronomia do país.

Para se ter uma ideia da importância dessa viagem, antes do desembarque empresas brasileiras e chinesas já teriam pelo menos 20 acordos fechados entre si. Lula se reuniria com Chen Jining, chefe do Partido Comunista da China em Xangai. E após outros encontros não menos importantes irá depositar flores em uma cerimônia na Praça da Paz Celestial.

Durante o voo, depois de um longo tempo, o presidente aproveitou para conversar com alguns membros de sua equipe e discutir sobre os assuntos que seriam tratados na reunião com os líderes chineses. Ele também aproveitou para ler alguns relatórios sobre a economia e as relações comerciais entre Brasil e China.

A seu lado estava Janja, sua esposa, ela demonstrou muito entusiasmo às vésperas da viagem, mas durante o voo estava bastante compenetrada. Por instantes pensou em várias situações. Pensava nas dificuldades encontradas pelo marido na recente eleição em que se saiu vitorioso. Como socióloga que é, Janja meditou sobre o grau de antagonismo ora travado entre os eleitores de Lula e os de Bolsonaro, seu opositor. Como pode ainda no Brasil haver dúvida sobre a importância de se consolidar apoio ao trabalho de Lula como protagonista na luta por Justiça social nesse pais, em oposição ao então representante das elites nacionais.

E continua seu raciocínio: A história do Brasil é marcada por uma longa tradição de sofrimento pela subsunção das pessoas pobres sob as elites. Desde os tempos coloniais, os portugueses trouxeram consigo um sistema de exploração baseado na escravidão, que foi responsável por submeter a maioria da população ao trabalho forçado e à opressão. Isso explica em parte porque as seitas indígenas e afro descendentes não são até hoje em dia tidas como respeitáveis, em vez que há um forte poder de hegemonia das seitas cristãs (do colonizador) em detrimento das religiões dos negros e indígenas.

Após a abolição da escravatura, em 1888, o país passou por um processo de industrialização e urbanização que, em vez de melhorar a situação dos trabalhadores, apenas aumentou as desigualdades sociais. As elites brasileiras, que detinham o poder político e econômico, continuaram a impor suas vontades sobre a população mais pobre e desfavorecida.

Durante a ditadura militar (1964-1985), esse processo de subsunção foi intensificado, com a repressão violenta a qualquer forma de resistência ou protesto por parte da população. Muitos foram presos, torturados e assassinados simplesmente por lutar por seus direitos e por uma sociedade mais justa e igualitária.

Mesmo após o fim da ditadura, o Brasil ainda enfrenta graves problemas de desigualdade e exclusão social. As elites continuam a se beneficiar do sistema político e econômico, enquanto a população pobre e marginalizada luta para sobreviver em condições precárias.

No entanto, ao longo dos anos, tem havido movimentos sociais e políticos que buscam mudar essa realidade, lutando por uma distribuição mais justa de riqueza e poder. É um processo lento e difícil, mas fundamental para construir uma sociedade mais igualitária e democrática.

“Não, não pode ser outra não a verdade, ó Sócrates!” diria Platão a Sócrates, em relação à inegável luta de Lula como governante do Brasil nos últimos anos para adiminuição da desigualdade social no Brasil. Janja tem nesse momento a atenção desviada pelos avisos de apertar o cinto e se preparar para o pouso.

Após 14 horas de voo, o avião finalmente pousou em Pequim. Lula foi recebido por autoridades chinesas e seguiu para o hotel onde ficaria hospedado durante sua estadia no país. Ao longo dos dias seguintes, ele participou de reuniões, visitou fábricas e empresas e discutiu assuntos de interesse mútuo com líderes chineses.

Ao final da viagem, Lula voltou para o Brasil satisfeito com os resultados alcançados e com a certeza de que as relações entre Brasil e China haviam sido ainda mais fortalecidas. O trajeto de ida para a China havia sido longo, mas o resultado final tornou tudo valer a pena.

                                         Antônio Mangas

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